Que suspensão, que enleio, que cuidado É este meu, tirano deus Cupido? Pois tirando-me enfim todo o sentido Me deixa o sentimento duplicado. Absorta no rigor de um duro fado, Tanto de meus sentidos me divido, Que tenho só de vida o bem sentido E tenho já de morte o mal logrado. Enlevo-me no dano que me ofende, Suspendo-me na causa de meu pranto Mas meu mal (ai de mim!) não se suspende. Ó cesse, cesse, amor, tão raro encanto Que para quem de ti não se defende Basta menos rigor, não rigor tanto. Soror Violante do Céu