Um ano passou. Não no calendário, não ainda, não já. Mas passou no ciclo mais profundo das estações - provam-no as gaivotas que voltaram a pousar aqui, a distância prudente do mar que se agita à espera do equinócio. A chuva breve, a névoa que não deixa ver a cidade em frente, a vontade de revolver papéis e armários, de permitir o reinício da vida lá fora. Só falta o frio, o chá. Vai chegar em breve, bem mais aromático do que há um ano. Certamente que sim.