Da margem esquerda da vida Parte uma ponte que vai Só até meio, perdida Num balo vago, que atrai. É pouco tudo o que eu vejo, Mas basta, por ser metade, P'ra que eu me afogue em desejo Aquém do mar da vontade. Da outra margem, direita, A ponte parte também. Quem sabe se alguém ma espreita? Não a atravessa ninguém. Reinaldo Ferreira