Leio, com pena, que a GR vai acabar em Dezembro. Bem sei que não é o mesmo projecto que deu nome à publicação, mas a verdade é que, transformada em revista de sábado "colada" ao DN,constituiu uma forma de enriquecer o jornal. Gostei de ir acompanhando o olhar desassombrado (e por vezes incómodo) do director, Joaquim Vieira, do spleen do Pedro Mexia e, muito particularmente, das crónicas contrapreconceitos assinadas com o pseudónimo Cidália Dias, na rubrica ironicamente intitulada O sexo e a Cidália. Sem pretensões, bem escritas, deram uma respiração libertária sem nunca ser cínica, feminina sem ser contra o masculino (a não ser em caso de necessidade, é claro!). Um gosto que não me apetecia perder.