De barro somos, dizem os oráculos, solícitas vozes do crepúsculo ou das manhãs solenes, rotuais. De heróis e deuses falam mitos e salmos, dou tos compêndios de subtil doutrina. Assim de urtigas e de musgo se alimentam as parábolas, escreve a ciência os seus epitáfios. De comércio sabemos. Com âncoras e astro lábios medimos nossa rota inscrita na retina. Exaustos, entre aquáticas florestas, perseguimos os veados do sol e da vertigem. Por obscuras silícias e cretas navegamos. Albano Martins