Dias há para perceber o fundo do poço, a sede dos dias que se afundam, não se percebem. E o fundo do poço percebe-se que seja sede de dias. De alturas antigas que viajam em vertigem. Viajam nos nossos filhos, e na luz que nos protege da sede. A luz que descobre o fundo dos poços. A vertigem da descoberta abre-nos a boca timidamente e mata-nos a sede dia-a-dia, como se de um suave amor incondicional se tratasse. Nuno Travanca