Rumor
Como é forte o rumor da madrugada!
Feito de coisas mais que de pessoas.
Precede-o às vezes um sibilo breve,
alegre voz que ao dia desafia.
Depois, tudo é submerso na cidade.
E a minha estrela é aquela estrela pálida
da morte devagar, sem desespero.
Sandro Penna, in poesia do século XX, trad. de Jorge de Sena, ed. ASA.
Publicado em 3 de Dezembro de 2005