Emoções para quê? (II)
(ou da inconstância)
- Ama Deus, não ama? - perguntou Nicholson, com um pouco de calma a mais. - Não é esse o seu forte, por assim dizer? (...)
- Sim, claro que O amo. Mas não O amo sentimentalmente. Ele nunca disse que alguém tinha que O amar sentimentalmente - disse Teddy. - Se eu fosse Deus, tenho a certeza de que não gostaria que as pessoas em amassem sentimentalmente. É demasiado inconstante.
J. D. Salinger, in Nove Contos, ed. DIFEL.
Publicado em 29 de Janeiro de 2006