o vento: música ou murmúrio da árvore. Encosta a obsessão à parede branca dos quintais. Vento de mar? E jovem leva a nuvem. Os sinos de bronze, o cimo das searas: viver é brusco, tão incerto. E a minha mão, desabituada de sentir que toca e é gesto e me deixa possuir, a minha mão quer a janela aberta. O vento não tem, não, não tem crinas. Nem as costas luzidias de cavalo ou égua. Áspero, vidro partido espetado na terra. Os dentes de uma serra, espaço de repouso e cume que agride. Pôr a mão em tanto e sem respirar quando parecia que era tarde e apenas hora de dormir? João Camilo