Passeámos a noite inteira entre sândalos disseste-me que eram sândalos e eu acreditei toda a noite que passeámos entre sândalos naquela noite de março na noite em que passeámos sem nos olharmos num bosque de sândalos num mar de sargaços disse-te eu imerso na noite em que não acreditava quando acordaste e eu acordei a teu lado sem noite sem sândalos sem mar em que acreditar apenas a justa medida de um olhar no lado sombrio do teu corpo desperto que sonhou no tom adequado sobre um chão de terra virgem acabado de semear. Carlos Alberto Machado