Eu não sei ao certo, mas suponho que uma mulher e um homem um dia se amam, vão ficando sozinhos pouco a pouco, algo em seu coração lhes diz que estão sós, sós sob a terra se penetram, vão-se matando um ao outro. Tudo se faz em silêncio. Como a luz se faz dentro dos olhos. O amor une corpos. Em silêncio vão-se enchendo um ao outro. Qualquer dia acordam sobre braços; pensam então em tudo. Vêem-se nus e sabem tudo. (Eu não sei ao certo. Suponho-o). Jaime Sabines, trad. José Bento.