Como seria Beirute nessa altura, em 1893? Que desgosto teria empurrado Iaqub Yussef para o mar, do Líbano para Génova, de Génova para Marselha, de Marselha para São Luís do Maranhão e para Belém, do Mediterrâneo para o Amazonas, de escala em escala, dormindo em porões sujos cheirando a carvão e ao sono de centenas de homens e mulheres que tinham ouvido falar do paraíso e que sabiam, com a ciência dos desesperados, que o paraíso se encontrava sempre do outro lado do mar? Francisco José Viegas, in Longe de Manaus, ed. ASA.