Chove dentro dos dias que não povoas. O sol não prescinde do veludo cinzento a resguardá-lo da sensaboria das horas redondas e embrulhadas no tédio insone de antigamente. Há os livros, companhia preciosa ainda e sempre, mas de nada serve pousá-los e esperar pelo comentário vivo, o sorriso em volta, a gargalhada ou a indignação. Há o Oolong a fumegar até esfriar na surpresa da tua ausência. A boca mordisca uma maçã, já a noite chegou nos braços de um vento cheio de golpes. Voas, disseste. Se não, para que serve a noite?