Como é possível perder-te sem nunca te ter achado nem na polpa dos meus dedos se ter formado o afago sem termos sido a cidade nem termos rasgado pedras sem descobrirmos a cor nem o interior da erva. Como é possível perder-te sem nunca te ter achado minha raiva de ternura meu ódio de conhecer-te minha alegria profunda. Maria Teresa Horta