(gentileza de Amélia Pais, para uma manhã luminosa) O céu é tão límpido, que tudo se funde em luz. O dia, tão quente, como se acabasse de ser criado. E, no entanto, a água nunca deixou de murmurar, O vento, de pentear as ervas, o riacho, de polir as pedras. A roda abstracta da cavalinha é velha, Velha... A percepção é jovem, acabada de nascer. O céu é tão límpido, que um pássaro transparece, A água tão profunda... E o resto é acaso. Eeva-Liisa Manner, trad. Manuel Resende