A gravidez é uma escolha, livre e consciente, não uma imposição jurídica ou uma condenação social. A maternidade é (implica) uma mudança definitiva porque muda o olhar sobre o mundo, a perspectiva do centro; e tem uma natureza eterna porque nunca mais se volta ao que se era antes. Uma condição com este peso só se pode ter por opção própria. Esconder que a interrupção voluntária da gravidez é muitas vezes uma necessidade não passa de hipocrisia. Abortar em condições de segurança física só pode ser um direito garantido a todas as mulheres, sem discriminações de nenhuma ordem. E uma decisão de cada mulher. Cabe à mais elementar cidadania tratar deste assunto: DR 231 SÉRIE I 2º SUPLEMENTO de 2006-11-30, o Decreto do Presidente da República n.º 117-A/2006 convoca um referendo para o dia 11 de Fevereiro de 2007.