Canção de Outono
(gentileza de Amélia Pais)
O pranto longo
Dos violinos
Do Outono
Fere-me a alma
Com um langor fino
Sempre igual
Já sufocando,
Pálido, quando
Bate a hora
Ainda me lembro
De antigos tempos
E então choro;
E vou-me embora
Por um mau vento
Que me leva
Sem rumo, lento,
Tal como leve
Folha morta
Paul Verlaine, trad. de Fernando Pinto do Amaral.
Publicado em 8 de Janeiro de 2007