Silêncio de bronze sobre as teias de aranha das pupilas. Nada palpita no rosto tátil - nem mesmo um poro. Deslizo pela superfície imberbe a gana de eriçá-la: mas (munida apenas da arremetida suicida do touro) sua mudez desarma o esforço. Urna cerrada como o sol, fui, foste, fomos, e tudo ficou retido na divisa (no escudo) na nitidez desse rosto acuado - dessa carranca com que hoje enfrento os mares. Maria Lúcia Dal Farra