(gentileza de Amélia Pais) Um dia impossível de lilases. Umdia ou um dilema? Qual a face da moeda que resistirá mais tempo fechada na palma ao suor da corrosão, à ferrugem emudecendo uma voz do dueto para dourar a outra, rim solo para durar ao sol de um dia inteiro às voltas com sua própria sombra num duelo único, unânime no espelho, longe das luzes dos diademas? Açucenas: não me lembro de nenhum céu que me console. só o que leio a sós são os segundos sentidos os açúcares agudos na véspera do azinhavre o silencioso rasgado azul de uma bandeira. A tarde precipita sua cor cai, no começo no princípio da noite e o que ainda aqui resiste meio fera, ao precipício ficou na beira da taça que não suporta mais sequer um riso pois todo cristal está sempre na iminência, um minuto antes de partir. Por barbear com a cara de encontro ao dia que espera e arranca árvores vivas, folhas de guarda de dentro da noite em claro. Falso rosto impossível prever a variação seguinte se de sol, se de stress no espelho sem controle. Cortaram o que vivia rente ao risco do chão do chão. A frio, no açougue com o machado da chacina. Mato, no pé da estátua que se enferruja no céu e nos canteiros desordenados razzia a navalha contra o que ainda respirava pela raiz. Falo pela alma pelo que foge para fora do concentrado foco do corpo: rude - com raiva e relva contra a pele, à contraluz metade cavalo pedaço de pedra sem asa terra-a-terra, e irredutível falo com coração e técnica. Armando Freitas Filho