Toda estrada traz o peso dos passos, a solidão da espera, a aflição da permanência. Toda estrada atende determinações. Carrega um amargor de épocas, apêndice de partidas. Toda estrada transporta um ser aprisionado, voz de encontro, razão para perder-se. Intensifico minha pretensão de perpetuação. Rastejante, apresento-me à parede. há um desejar de minha parte: de gestar esta metamorfose. Há uma rejeição paredal. Apresento-me ao fio elétrico, há uma mútua atração, uma revelação primal: a técnica natural se afeiçoa da modernidade para parir um vôo de destinação. A vida se faz múltipla, apesar da indiferença humana. Francisco Perna Filho