Na tessitura do caos me reinvento, pois o modelo da infância é uma faca e a liberdade do corpo é uma rosa, ungida de paixão e de esperança. O que me dilacera é a certeza de que os deuses maduros são o nada, pois a liturgia do fogo nas aldravas é o meu desejo soprando contra a porta. A solidão do menino na parede, a vela acesa e a mira da espada, o rosto branco do morto em desalinho, os meus cavalos alados na mansarda. Dimas Macedo