O meu modo solene, o jeito vago, A metódica forma de enfrentar Os problemas, as lutas, o desar E as outras cousas que em silêncio trago, Nasceram quais nenúfares no mar, Ou serenas visões de um grande lago. Mas nunca os procurei, tampouco afago. A minha face externa, singular. Habito etérea torre em decadência, Mas essa é minha marca de existência. O meu destino. Ou sorte. Ou meu fanal. No coração, contudo, vos abraço E sigo pelo sonho passo a passo, Tentando ser moderno e provençal. Artur Eduardo Benevides