A fama do desnível que sentis em vós, são agulhas enamoradas por alfinetes. No tecto preto da vida, está presente no teu sorrir. Quem se contenta com um riso... Alarmes tocam em presença dos escaravelhos, da batata podre e dos alhos franceses. A honraria vai baixa e os cogumelos tem bolor. Ardem as pantufas de quem não as calçou. Cinzas cobrem os defuntos da vida e da ocasião. Amigos só no além, se esses souberem falar. Amordaçamos os vivos e calamos os mortos. Eis a lei da vida na camarata. Avio e aglutino sem dó as terras altas, como se daqui nascessem correntes de água doce. Mas só vejo ferro fundido e enferrujado, em forma de lâminas de miséria. Assim me despeço de vós, com toda a infinidade do sofrimento, e do tormento das águas vertidas, pelas minhas humildes pálpebras. Adeus. Ricardo Graça