Onde não começa o sopro no côncavo da língua muda o peso da sombra entre ruínas, falha que nunca coincide. Silêncio do incontível, como recusar a veemência desta cegueira? Antes da fuga Das formas, no sem fundo Inabitável. Artérias vivas, estrelas, relâmpagos, jorrarão da obscuridade vermelha? E as palavras serão o espaço Do grito, o espaço de nada, o espaço do espaço, a obscura dor da terra? António Ramos Rosa