mais do que um sonho: comoção! sinto-me tonto, enternecido, quando, de noite, as minhas mãos são o teu único vestido. e recompões com essa veste, que eu, sem saber, tinha tecido, todo o pudor que desfizeste como uma teia sem sentido; todo o pudor que desfizeste a meu pedido. mas nesse manto que desfias, e que depois voltas a pôr, eu reconheço os melhores dias do nosso amor. David Mourão-Ferreira