Com que direito invades minhas praias e me arrebatas em cavalos marinhos pisando conchas saltando córregos? Com que direito me mostras canções e brilhas luar que finjo não ver e não quero escutar? Com que direito sopras, vento desconhecido redemoinho, veste transparente cobrindo a minha nudez? As palavras ferem, marcam, permanecem: pedras moldadas pelas águas que as banham. Por isso te pergunto: por que ousas invadir minhas praias e penetrar-me concha, abrigando-te dos ventos terrestres? Regine Limaverde