Adão e Eva
E, enfim, era a nudez corpo visível
onde, invisível, se ajustava o acto
de olhar. Não para enclausurar limites,
ou reduzir o que se estava dando.
A nudez recrudescia. A abrir-se
com a frequência a exceder o impacto
da visibilidade. E assim o timbre
da sua luz estimulava o ângulo
que a sagrava num espaço inextinguível.
E tinha o pulso de lugar sagrado.
Fernando Echevarría
Publicado em 10 de Julho de 2007