Tem roçado meus sentidos docemente. Vem no leito dos albores da alvorada Deitar luz pelos meus olhos, disfarçada, Em murmúrios, leves, frouxos e dormentes. És nas tardes horizontes, nuvens claras, Onde deito por teu colo verdejante. Bebo o brilho de tua face, tão fragrante, Do ocaso que nos cantam essas searas. É da noite um clarão, suas estrelas, refulgentes pelo orbe infinito, a certeza do quão tudo é tão bonito... Então sós na madrugada, uma centelha do calor que aflora à tua pele fria, me arrebata... ao romper-te em novo dia. Lucas Tenório