I Meu coração é um navio azul, alimentado de velhas caixas e revistas. Nas pulsações mais fortes, mergulha nos tomates podres das feiras e velhos mercados. Compraz-se nas garrafas abandonadas de molhos e cervejas. O mar que o transporta tem cor de chumbo. Possui salas radiantes que a ele não são dadas conhecer. Meu coração navega nesse mar de coisas. II Navio azul trazendo a dor de longínquas cidades. olhar de descobrimentos. Plúmbeo mar! conduz esta minha embarcação pelos portos tremeluzentes de orgasmos e discórdias. Pelos asilos, presídios e manicômio. Grande mar! daí a esta embarcação um pouco da tua força, um pouco da tua alma para um aprendizado de maresia Francisco Perna Filho