Em cada corpo recomeça o mundo, mas onde então acaba este começo? Amor não sabe mais o que é profundo, vem da pele e respira só no verso. Passamos a toalha pelo corpo, com o suor a enxugar a morte: há gotas de água fria no teu rosto, em ti meus dedos lêem sua sorte. Um riso nos chamou, fulgor ou seta, e o dia se refez sem mais promessa. Nos meus dedos ficou a ferida aberta: só no teu corpo o mundo recomeça. Luís Filipe Castro Mendes