Quando caminha nas águas banha as agulhas noturnas e bebe chamas de espumas nos claros copos da lua esconde no corpo um fogo claro, vermelho, constante: rubro ondular de bandeiras por entre nuvens dançantes ei-la subindo nas chuvas galopando em seu cavalo a cabeleira de trigo solta ao furacão voante ordena para que um dia os sons se mudem nas cordas destes violinos cegos que por entre urtigas tocam — vejo-a inteira, emparedada entre as brasas que caíam naqueles vales secretos onde as árvores fugiam. César Leal