O patrimônio cresceu no anonimato. Perdeu-se o nome do inventor da roda de quem fundiu o ferro e do primeiro tecelão. Trocaram-se por mitos a marca do artesão. Que importa o autor de dons se são gratuitos? Onde andará o hausto do primeiro artista que inoculou sua alma no caniço e a transformou em música perpétua? Que benefício acresce o nome à secreta alegria do poeta que para a eternidade gravou as renas nas paredes das cavernas? A quê ou quem aproveita a fama de modernidade? Benedicto Ferri de Barros