Os filamentos de ouro entre os anjos que te encaram na face, duramente; o que resta da luz que foi dos sonhos; o tenebroso frio que vem da mente – – tudo recolho e vivo no poema. Mas não conheço sonhos inocentes: que coração existe onde não trema a morte que acendemos de repente? A luz pousou no chão da fria nave como um grito a cortar o voo da ave. Luís Filipe Castro Mendes