Meu corpo entrego ao teu silêncio de água, aos arcos de tua música pairante, onde as vozes da terra, no seu pasto de nuvens, resplandecem como lágrimas. Não sinto mais feridas nem abalos. Meu sangue jorra lento dos violinos. E uma luz crucifica-me nos ares de chuva, por tuas rosas lapidados. Estas rosas que alteram nosso dia, e abrem na tarde a súplica dos dedos que se libertam, pássaros, do barro. E tocam, com sua forma torturada, a flor do azul contida e descontida neste adágio de pedra e de luar. Jorge Tufic