A fera que te fere te induz ao erro, ao ferro em brasa que marca o corte e deixa para sempre essa costura na pele. A fera que te fere tem o propósito da tarde, como se a tarde guardasse em temporal. A fera de teu guarda-roupa caminha antepassados nas fotografias, molduras antigas que cercam as almas. A fera que te fere não fere teu pensamento. Fere a fratura exposta, a ferida do silêncio. Álvaro Alves de Faria