(gentileza de Amélia Pais) Não foi outro o nosso amor fugia tornava a voltar e trazia-nos uma pálpebra descida muito longínqua um sorriso marmóreo, perdido dentro da erva matutina uma concha bizarra explicá-la procurava insistentemente nossa alma. O nosso amor não foi outro tenteava quietamente entre as coisas em redor de nós para explicar porque não queremos morrer com tanta paixão. E se nos agarrámos a quadris e se abraçámos outras nucas com toda a nossa força e se unimos o nosso hálito com o hálito dessa pessoa e se fechámos os nossos olhos, não foi outro apenas este anseio mais profundo de nos agarrarmos dentro da fuga. Yorgos Seferis, trad. de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratisinis