A manhã estática parada Entre o Tejo azul e a Torre branca Que branca e barroca sobe das águas Manhã acesa de silêncio e louvor Na breve primavera violenta Assim a minha vida que era calma De repente se tornou ânsia e saudade Mas a brisa da varanda é doce e suave Um pássaro canta porque alguém regou Sophia de Mello Breyner Andresen