A indústria do amargo desassossego, a patente do medo, a geringonça movendo as vísceras dentadas, a fábrica de desacertos mostra o intestino, manufatura de mercadoria e dejeto, o lodo e o pêndulo como destino. Eis o lodo, barro inútil para fazer gente, massa fecunda para fabricar o desengano. Agora a outra prensa do nada: o pêndulo: que é o mesmo e seu avesso, ora num lugar, ora em outro, sem nunca sair de onde está; preso de si, são dois em um, um que se faz de dois, para iludir a salmoura da matéria. Ronaldo Costa Fernandes