Mais uma vez prados
São os sinos,
são os sinos de igreja que
no meio da noite
me atormentam.
São as escadas espirais
talhadas em pedra e traição.
É a janela do quarto,
retângulo de madeira,
aberta de madrugada
e um lobo-guará
como guarda-noturno.
São os sinos da igreja
ou o grito desesperado
de uma requinta
anunciando os dias escoados.
Heitor Ferraz Mello
Publicado em 24 de Outubro de 2007