Foi assim no vosso convívio um hóspede passageiro, obscuro como uma casa sem portas e janelas, escravo do passado atados a nós amargos. Tão longe, uma agonia num adorno de aparências, e no seu mundo invisível asas pela metade em azul cobalto, um medo incompreendido. Dividido e fugidio, não morto, evasivo, sem se deixar ser observado, escondido nuns óculos escuros, desertor de alguma guerra ou de alguma luta. Não se sabe o motivo deste outro ser, que suspira um ar, que busca na superfície onde permeia a latência, um desejo vermelho sangue. Que está convosco numa vontade de viver e sentir na realidade este sonho inconsciente, que procura sem cessar, uma satisfação jamais vista. José Aloise Bahia