Os nomes das rosas
O instinto me dera a voz melodiosa,
A música para cantar meus sentimentos.
E agora me arrebata como o vento.
A esperança mais doce e calorosa.
Tirei da minha voz os nomes das rosas,
Que pareciam eternos no momento.
Mas que, por falta de amor, levou-os a brisa
E minha festa pareceu tediosa.
Receio emudecer todos os dias.
Os frutos de minha voz disseram tanto
E continuam a dizer, que certas horas
Quase não ouço o eco do meu canto.
Minha voz quase emudece e o espanto,
O tédio da solidão enche-me os dias.
Luiz Bello
Publicado em 20 de Outubro de 2007