Sobre pedras se eleva este soneto, em trabalhosa faina alevantado, as linhas definidas no traçado da perfeição do prumo e nível reto. Dentre tantos eleito, põe-se ereto rima por rima, embora recatado; ao martelar do metro faz-se alado, opondo ao som a luz deste quarteto. Sobre andaime de verso e de ciência necessário a erguer prova tão dura, deixa o pedreiro, alçado, o rés-do-chão. E sobranceiro ao mundo, àquela altura, Vai concluir, com brava paciência, A obra em que balança o coração. Virgílio Maia