Estas sombras antigas de poente guardam arcos de sol - dias de outono - desfolhados na noite, nunca ausente, quando as horas bocejam voz de sono. São instantes maduros de nascente na surpresa incessante do mês nono, concebidos em gestos, mão silente, quando as horas bocejam cor de sono. Entre os cílios, o mundo em movimento, sob as asas dos olhos morre um vento para não ser sequer restos de sono. Mas ao leste dos lábios pousa a aurora fogem sombras antigas, vão-se embora... surgem arcos de sol - dias de outono. Majela Colares