A ópera do mundo Rude, estentórea Começa a rasgar As cortinas do quarto. E as luzes da rua Romperam a janela E nas paredes dançam Uma dança de guerra. Já ouvimos todos os ruídos E os olhos se cansaram de ver. Embora em maus lençóis Tentamos ganhar Uns minutos de trégua. Falta-nos, porém, a chave mágica Para desligar tanta realidade A chave de uma câmara secreta Onde seria possível adormecer Talvez sonhar. Samuel Penido