Os pássaros, mais que as árvores, deram-te lições de raízes. Os silêncios, mais que as palavras, apontaram-te a fragilidade. Teus olhos, mais que os pés, sangraram aos espinhos da pátria. A cítara, mais que a lâmina, os dedos dilacerados. A pétala, mais que a rosa, o aroma irremediável. A pedra, mais que a água, o musgo do efêmero. A noite, mais que o dia, a chama dos minutos. o pó, mais que a carne, à casa regressa. Carlos Augusto Viana