Nenhum perfume disse que chegaste. Não houve sobressaltos, nem sinais. Chegaste, assim como quem chega, e parte de tudo parte, para nunca mais achar o rumo, longe do que fui. Resta de mim somente algo de novo, muito antigo e completo, feito fogo ou verdade, tão novo como luz, cidade, paz, necessidade, pão, algo tão novo como tudo em vão. E segue meu delírio a te seguir. Nenhum perfume disse que partiste. "E não partiste", meu delírio insiste. Talvez perdido em ti dê trégua a mim. Luís Antonio Cajazeira Ramos