Os ausentes necessitam sempre bilhetes, cartas e coisas vezes pequenas lembranças uma gravata, um poema, um postal. Os ausentes são tão necessitados que ninguém os lembra nem só por saudade ou falta. Os ausentes têm mãos invisíveis e figura tão diáfana que os versos para eles já nascem feitos poemas. Os ausentes por qualquer acaso jamais fogem ao nosso convívio ainda que a distância seja tanta. Dos ausentes fica sempre um sorriso como as pinturas recheias de surpresa, reencontro e irreal. Roberto Pontes