Algo há nas flores que acalentam feras, chamando abelhas vivas do sereno para as tocarem, há perdidas eras, nunca alterando forma nem aceno. É preciso viver as primaveras para sentir o gestual e ameno, esforço feito, sol florindo esperas, elaborando o bom mel e o veneno. Há nelas algo que esconde o mistério, fazendo com que a abelha encontre o mel no mesmo pólen que o áspide tira o veneno letal, momento sério, grito de morte, do holocausto ao fel, que cega os olhos, apagando a pira. Cláudio Aguiar