(excerto) Na superfície branca do deserto na atmosfera ocre das distâncias no verde breve da chuva de Novembro deixei gravado meu rosto minha mão minha vontade e meu esperma; prendi aos montes os gestos da entrega cumpri as trajectórias do encontro gravei nas águas a fúria da conquista da devolução do amor. Os calcários e os granitos desta terra foram por mim pesados. Dei-lhes afagos leves olhares insónias longas impacientes esperas. O zinco dos telhados cobriu-me solidões e esperanças que tu sabes. Ruy Duarte de Carvalho