no fim, tudo é uma questão de pele centímetros quadrados de sensibilidade em busca da possibilidade de toque ou de dor depois os pêlos a dobrar em arrepios ao quase contato beijar o fogo e sentir seus dentes com a língua beber teu líquido como mel esculpir rosas na carne de minhas costas corações e entrelaçados celtas tuas unhas bisturis de queratina escarnada escorpiões com ferrões de fogo a correr da nuca aos calcanhares quando acordar e for embora não esqueça de trancar a porta para que a rua não possa entrar neste quarto azul Edson Bueno de Camargo